sábado, 6 de outubro de 2018

my (re)view: Pesquisa Obsessiva (Searching) . 2018


Searching saiu com grande buzz do Festival de Sundance desde ano como sendo inovador, conquistando grandes elogios por parte da audiência. O conceito não seria o mais apelativo para mim, mas assim que constatei a forma como o formato está tão bem aplicado percebi que para além de não poder ser mais actual nesta era em que vivemos, também consegue através das maravilhas mas também das artimanhas das novas tecnologias e da internet obter um resultado final quase perfeito criando um ambiente super intrigante e totalmente original, capaz de construir uma história sólida e de agarrar ao ecrã com momentos cheios de suspense que nos deixam à beira de um ataque de nervos. John Cho é um pai desesperado que tenta encontrar a filha desaparecida à cinco dias, recorrendo apenas a explorar as suas redes sociais, entrando em contacto com amigos e conhecidos, conhecendo melhor a rotina da filha através das ferramentas com que todos já não sabemos viver sem. Muito do sucesso desde filme vive da interpretação de Cho, pois é ele que vemos maioritariamente durante todo o filme ora através de ecrã de computadores ou de telemóveis, usando métodos diferentes de apresentar o decorrer da acção, nunca da mesma maneira, impedindo assim a possibilidade do filme se tornar entediante. Colocado ao lado de outras anteriores propostas semelhantes, Searching consegue surpreender com reviravoltas inesperadas e apesar do final ser o esperado as voltas para lá chegar são interessantes e ajudam a criar um grande mistério. A mensagem principal fica claramente transmitida. Todos sabemos que Instagram, Facebook, Twitter, e outros tantos que tal, fazem cada vez mais com que a relações se tornem impessoais e menos calorosas, mas podem ser também uma importante ferramenta. Mistérios da nossa sociedade.

Classificação final: 4 estrelas em 5.

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