quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Crítica: Once (No Mesmo Tom) 2006


Um dos filmes mais belos e honestos que já vi! Fiquei completamente assoberbada com o amor e dedicação que foi colocada pelo realizador John Carney neste seu pequeno (mas muito grande) projecto que nos consegue transmitir tanto com tão pouco!

Once tem uma história muito simples e sincera demonstrando um enorme amor pela Música, o que faz todo o sentido. Um mundo sem Música não seria o mesmo e é devido ao amor pela Música que os dois personagens centrais desta história se irão unir.

Um músico de rua com um enorme talento, toca todos os dias pelas ruas de Dublin. No inicio ficamos com a ideia de que ele é apenas mais um que procura ganhar um dinheiro extra, cantando e tocando algumas canções… Mas rapidamente percebemos que a principal razão pela qual o faz não é o dinheiro, mas sim o prazer de dar música aos outros, sonhando um dia tornar-se um músico profissional. Num dia como outro qualquer, ele conhece uma rapariga que não como a maioria das pessoas que se cruzam com ele todos os dias, presta realmente atenção aquilo que ele faz. E daí começa a crescer uma bonita relação musical e emocional.

O filme é filmado ao estilo de documentário o que tendo em conta a história lhe dá todo um ar mais intimista, quase como se fosse suposto andarmos lado a lado com os personagens. O seu especto bastante "cru", em vez de lhe dar um ar amador consegue torna-lo em algo ainda mais especial. A banda sonora original deste filme é algo absolutamente delicioso. Grandes temas, todos originais que ilustram na perfeição cada sentimento, cada emoção, cada momento que estamos a ver.

As performances são muito realistas e sentidas. Glen Hansard e Markéta Irglová fizeram um óptimo trabalho interpretando estes dois bonitos personagens. Fico muito feliz em saber que estes dois talentosos músicos ganharam o Oscar de Melhor Canção Original – “Falling Slowly” – em 2007.

Once não é só um filme para todos os amantes da música, é um filme que toda a gente deveria ver. Simples, sem qualquer tipo de presunção ou exigência. Apenas pretende tocar o coração de qualquer ser humano que dê valor à emoção.







Classificação final: 5 estrelas em 5.

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