terça-feira, 7 de abril de 2015

Crítica: Obvious Child 2014


Este era um daqueles que já estava na minha watchlist há algum tempo. Obvious Child é a refrescante rom-com indie que lá aparece de vez em quando. Com uma história bastante simples e inteligente, o filme diverte mas também emociona graças à radiante performance de Jenny Slate com quem criamos uma empatia imediata.

A argumentista e realizadora Gillian Robespierre conta-nos a história que gira em torno de Donna Stern (Jenny Slate), uma descontraída comediante de Brooklyn incapaz de levar alguma coisa na sua vida de forma séria. Depois de ter sido deixada pelo seu namorado, Donna e o seu melhor amigo embebedam-se e ela acaba por ter sexo com Max (Jake Lacy), um doce e charmoso rapaz que acabou de conhecer num bar. É então que fica grávida. Sem quaisquer preconceitos ou juízos de valor o aborto é tema que imediato vem a tona e naturalmente vamos seguindo a história de uma jovem imprudente que está longe de estar pronta para ser mãe.


Com diálogos super fluidos e uma boa química entre personagens o aborto é um tema tratado com imensa serenidade e à vontade, coisa que poderá ser mais susceptível a quem possa ser contra. O mais curioso é que Gillian Robespierre é realmente capaz tratar o tema seguindo uma certa perspectiva e sensatez. É claro que Donna tem dúvidas e se sente frágil numa fase inicial, mas rapidamente esclarece ideias dentro da sua cabeça que a levam a tomar uma decisão da qual nunca se poderá arrepender. É impossível ficar indiferente à personagem encantadora de Jenny Slate que brilha a cada momento, num papel que parece ter sido criado na perfeição para ela. Obvious Child é de facto inteligente e hilariante.

Classificação final: 4 estrelas em 5.

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