sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Crítica: Doutor Estranho (Doctor Strange) . 2016


Pela quarta vez este ano, o universo cinematográfico Marvel invade as salas de cinema, e desta vez com uma abordagem um pouco diferente do habitual. Doutor Estranho tem todo um encanto visual, combinado com as boas performances do elenco de excelência que ajudam a elevar os personagens da história.

O Dr. Stephen Strange (Benedict Cumberbatch) é um prestigiado neuro-cirurgião que perde capacidades em ambas as mãos depois de um grave acidente de automóvel. Depois dessa infelicidade, Christine Palmer (Rachel McAdams), colega de trabalho apaixonada por Strange, tenta ajuda-lo a mentalizar-se que tem de seguir com a sua vida, mas Strange não aceita os factos e está decidido a fazer de tudo para recuperar as suas mãos. Quando chega aos seus ouvidos que um doente paraplégico conseguiu misteriosamente voltar a andar, procura-o e este fala-lhe da comunidade Kamar-Taj, nos Himalaias. Lá Strange irá encontrar o feiticeiro Mordo (Chiwetel Ejiofor) sob as ordens da poderosa Ancient One (Tilda Swinton), mostrando-lhe outras dimensões e a força do seu poder. Ela não só será a sua mentora, com é a chave para o sucesso da captura de Kaecilius (Mads Mikkelsen), que tem planos para engolir a Terra para dentro de uma dimensão negra.

Scott Derrickson realiza e co-escreve o argumento com C. Robert Cargill, combinando a aventura em torno do mundo espiritual, com a forte mensagem de superação e força interior que está sempre presente no personagem central. Muito do sucesso do filme deve-se ao excelente casting liderado por Benedict Cumberbatch que revela ser o perfeito Stephen Strange, criando em torno de si, uma capa de mistério e charme, que transformam este personagem em alguém cativante, mas ao mesmo tempo irritante e arrogante tal não é o tamanho do seu ego. O vislumbre visual funciona e encanta, justificando assim a cem por cento a quantidade de CGI que utiliza. Mas nem tudo é perfeito, e é certo que detalhes no desenvolvimento de personagens ficam a faltar, nomeadamente sobre o passado de cada um deles. Esta é na realidade, mais uma história sobre ascensão, declínio e renascer das cinzas, que provavelmente fará muito mais sentido para os leitores de BD, mas que proporciona um pedaço de entretenimento bem passado e suscita a curiosidade para querer ver mais.

Doutor Estranho marca pela diferente abordagem visual, e pelo forte lado emocional que coloca sobre o herói da história, que descobre que dentro de si há uma força muito maior do que a que imaginava e isso também passa para o outro lado do ecrã.

Classificação final: 4 estrelas em 5.
Data de Estreia: 27.10.2016

Sem comentários:

Enviar um comentário