quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Crítica: Deadpool . 2016



Muito se tem falado de Deadpool e a verdade é que a campanha de marketing tem sido incrível. Por isso mesmo, começou aos poucos a surgir aquela desconfiançazinha de que o resultado final poderia desapontar bastante. A verdade é que o filme é realmente bom, divertido e acima de tudo diferente dos filmes de super-heróis do costume. Tim Miller aventura-se na realização da melhor forma possível, com Reynolds a brilhar por si só.

Nas ruas de Nova Iorque, Wade Wilson (Ryan Reynolds) é um emblemático mercenário, que passa os seus dias a proteger os indefesos que recorrem aos seus serviços. Após mais uma noite de trabalho, conhece a sua alma gémea, a então prostituta Vanessa Carlysle (Morena Baccarin). Passado um ano a viver um romance, Wade descobre que sofre de cancro terminal, e a proposta para um tratamento que promete dar-lhe habilidades de super-herói parece irrecusável. Deixando Vanessa para trás, na esperança de um regresso breve, Wade cai nas mãos de Francis Freeman (Ed Skrein) que o submete a processos extremamente dolorosos, um deles, o que o viria a tornar imortal, deixando-o desfigurado por todo o seu corpo. Decidido a aceitar os seus poderes, Wade quer recuperar o amor, enquanto isso vai mostrando todo um peculiar humor e personalidade, deixando o seu comportamento goofy bem vincado desde o primeiro minuto. Assim que os créditos inicias começam a rolar, sabemos que estamos prestes a assistir à história de um super herói diferente, espalhando todo o seu charme sobre nós.


Apesar de simples e sucinto, revela-se um bom filme introdutório, preocupando-se somente em apresentar o personagem principal, aquilo que o move e as suas intenções. Repleto de ironia e cheio de autenticas pérolas da cultura pop, Deadpool delicia todos com a sua língua afiada e uma capacidade tremenda de fazer troça dos clichés habituais neste tipo de filme, mesmo quando os utiliza. É um filme despreocupado e cheio de energia que nos contagia com a sua boa disposição, em grande parte devido, à engraçadíssima performance de Ryan Reynolds, absolutamente hilariante num papel que parece ter sido idealizado só para si. Extremamente bem coreografado, de humor aguçado, e com uma banda sonora no mínimo interessante, surpreende equilibrando diálogos espirituosos com inúmeras cenas de grande acção, resultando numa boa dose de entretenimento. Muitas destas cenas de acção, elaboradas com a ajuda de CGI, revelam certas falhas de maior precisão, mas que acabam ofuscadas pelas fortes presenças no ecrã, tanto da parte de Reynolds como das restantes competentes performances secundárias que o apoiam.

Deadpool é tudo aquilo que estamos e não estamos à espera. É pura diversão, puro entretenimento. É simplesmente louco, mas com muita pinta! Venham mais.

Classificação final: 4 estrelas em 5.
Data de Estreia: 11.02.2016

3 comentários:

  1. (provavelmente) a desilusão do ano

    ★★½ [5/10]

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    1. A serio!? Para já, é dos meus preferidos. Mantive sempre as expectativas baixas e acabei por gostar muito.

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    2. Também tentei manter as minhas expectativas baixas, mas acabou por ser apenas mais um filme de super heróis com um pouco de mais sangue e asneiras.

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