quarta-feira, 24 de junho de 2015

Crítica: Ted 2 . 2015


Em 2012, o realizador e argumentista Seth MacFarlane deu vida a um urso de peluche desbocado, víciado em erva e sem maneiras absolutamente nenhumas! O seu nome era Ted e pode dizer-se que tal como no filme, o urso falante virou celebridade, conseguindo atingir grandes receitas de bilheteira por todo o mundo que talvez tenham impulsionado a ideia para fazer esta sequela. Mas, infelizmente Ted 2 era uma sequela desnecessária. A originalidade perde-se, o impacto não é o mesmo e o aspecto principal da coisa (a comédia) falha, provocando muito poucas gargalhadas ao longo do filme. 

Nesta sequela, Ted (Seth MacFarlane) casa com a namorada do primeiro filme Tami-Lynn (Jessica Barth), ele cresceu, quer ser um homem mais responsável e os dois decidem ter um filho. Ted pede ao melhor amigo John (Mark Walhberg) para que doe esperma, para que possa ser feita uma inseminação artificial à sua mulher visto que Ted, como urso que é, nunca poderá ter filhos. Entre as palhaçadas habituais e parvoíce a que os thunder buddies nos habituaram no primeiro filme, Ted é considerado propriedade visto que é um brinquedo, vendo serem-lhe negados todos os direitos civis que gozou como humano até à data. Ele tem agora de provar em tribunal que possui sentimentos e não passa apenas de um mero brinquedo.


O maior potencial de Ted 2 é totalmente desperdiçado nos trailers, onde alguns dos momentos mais divertidos do filme são revelados, transformando estramente o filme numa espécie de trailer gigante, onde parece que já vimos tudo e nem diferentes revelações causam grande impressão. As referências sobre cultura pop, especialmente sobre alguns filmes e séries, são imensas (algo que já acontecia no primeiro filme) fazendo com que só quem esteja dentro dos assuntos perceba o significado de algumas piadas. O filme conta com algumas participações especiais engraçadas, mas que não passam mesmo disso, são apenas engraçadas. Visualmente Ted continua a ser um dos filmes que melhor já fez parecer a interacção entre animação e realidade, e por incrível que possa parecer Mark Walhberg tem realmente química com o urso! Não é que Amanda Seyfried esteja mal, mas não consegue ser a forte presença feminina que o filme precisa, não marcando a forte presença de Mila Kunis no primeiro filme (que devido à sua gravidez não pode participar na sequela). O uso do mesmo vilão foi mais um dos seus erros, pois o personagem já não causa o mesmo factor creepy e à partida já sabemos como vai actuar.

Não é suposto Ted 2, ou mesmo Ted, serem comédias inteligentes e bonitinhas, pois foram precisamente criadas para serem filmes onde a parvoíce impera, onde o mais importante é provocar e chocar a audiência de forma a que sejam falados. A diferença entre um e outro, é que tudo o que é demais cansa e por vezes uma vez é mesmo o que basta.

Classificação final: 1,5 estrelas em 5.
Data de Estreia: 25-06-2015.

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