terça-feira, 30 de junho de 2015

Crítica: Magic Mike XXL . 2015


E foi assim que o Mike perdeu toda a sua Magic! A sequela sobre o grupo de strippers masculinos de "XXL" só tem quase mesmo a duração, que poderia ser bem mais curta, tendo em conta o conteúdo que tem para nos dar. Desta vez realizado por Gregory Jacobs (assistente de realização de Steven Soderbergh há anos), o filme tenta seguir a linha do anterior, mas sem grande sucesso. Apesar de Soderbergh continuar associado ao filme como produtor e cinematografo (sob o pseudónimo de Peter Andrews) o filme é uma estranha mistura entre as suas características de realização e coisas que não percebemos bem o porquê de estarem enquadradas da maneira que estão. O enredo desinteressante e a falta de informação suficiente sobre a vida dos personagens durante estes três anos faz com que fique no ar uma certa insatisfação. 

Sabemos perfeitamente qual o público alvo que o filme pretende atingir, mas a diferença daquilo que Steven Soderbergh fez com Magic Mike em 2012, e aquilo que vemos aqui consegue ser substancial. Enquanto a parte de entretenimento continua a funcionar na perfeição, Soderbergh mostrava-nos os bastidores da vida de um clube de strip de forma natural e efectiva, sem julgamentos e preconceitos. Homens que se despem para entreter senhoras (ou como os mesmos se intitulam no filme, não passando de male entertainers), ideia repetida vezes demais ao longo deste filme, como que querendo provar um ponto que já todos sabemos qual é.

As cenas de strip desta vez são mais e muito mais atrevidas e ousadas, mas conseguimos notar uma clara diferença na forma sexy e classy que Steven Soderbergh conseguiu colocar no original, no que tocava a cenas mais sensuais.  A boa química entre o elenco continua a resultar e apesar do personagem de Channing Tatum dar nome ao filme, aqui cada um dos membros do grupo tem o seu momento de glória, conseguindo brilhar um a um, coisa que não acontecia no primeiro filme. A adição de Jada Pinkett Smith é bem mais marcante do que eu esperava, mas a ausência de Matthew McConaughey é sem dúvida muito sentida. Personagens como as de Amber Heard e Elizabeth Banks poderiam ter passado muito bem ao lado, assim como a prestação um pouco fora de contexto de Andie McDowell e das suas amigas de meia idade (mais uma vez querendo mostrar situações forçadas que subtilmente poderiam ter sido abordadas). 

Magic Mike XXL poderia ter escolhido inúmeras direcções diferentes daquelas que tomou, acabando por optar por um caminho fraco e um pouco desinteressante. Mas se olharmos para o lado positivo da questão (e tal como os personagens fazem questão de dizer) os male entertainers conseguem entreter com exactidão, acabando por dar ao público aquilo que ele quer! Será concerteza um dos meus guilty pleasures deste ano.


Classificação final: 2,5 estrelas em 5.
Data de Estreia: 02-06-2015

1 comentário:

  1. Parece-me bem neste filme, o primeiro é bom, mas novamente ver os atores juntos foi muito emocionante. O filme foi divertido e todas as mulheres tinham razões para nos encantar. Mas eu não encontrei apenas um filme olhando caras, mas também pode desfrutar de um momento agradável. O filme Magic Mike XXL foi muito engraçado e original.

    ResponderEliminar