Mais um para a gaveta das sequelas desnecessárias. Realizado por Edward Zwick, Jack Reacher: Nunca Voltes Atrás é, infelizmente, algo que não só, não faz jus a nenhum dos seus actores, como peca pelo descuido quer a nível técnico como narrativo.
Baseado no romance "Never Go Back" de Lee Child (criador dos livros sobre as aventuras do policia militar Jack Reacher), este passa-se quatro anos depois dos eventos do primeiro filme, quando Jack Reacher (Tom Cruise) regressa à sua antiga unidade militar. Pretendendo conhecer pessoalmente a major Susan Turner (Cobie Smulders), com quem tem trabalhado em alguns casos nos últimos tempos, Reacher vê-se envolvido numa teia de mentiras, quando ele e Turner sem saber como são acusados de espionagem. Foragidos da policia, têm agora de perceber o que está por detrás destas acusação, ao mesmo tempo que surge a possibilidade de ser o pai biológico de uma adolescente problemática de 15 anos (Danika Yarosh), também ela envolvida num esquema focado em tramar a vida a Reacher.
Uma cópia desgastada, reciclada vezes e vezes sem conta, com tudo aquilo que deixou de resultar há muito tempo, com um Tom Cruise que mais parece aborrecido e cansado, algo estranho, ou não foste este senhor um dos reis do blockbuster. Acredito que isso aqui transparece, e talvez o senhor Cruise tenha pensado apenas no lado lucrativo da coisa, mais que em qualquer outro factor. Acabei por o ver, apenas pelo desejo de um bocado bem passado, sem complexidades narrativas e entretenimento acima de tudo - ou não fosse esse o seu principal objectivo - mas a verdade é que se torna cada vez mais enfadonho e nada surpreendente, mostrando baixa categoria a todos os níveis. Diálogos desleixados, performances nada naturais e sequências de acção nada bem conseguidas. E se pouco ou nada tinha retido de Jack Reacher em 2012, muito menos reti desta sequela.
Jack Reacher: Nunca Voltes Atrás nem sequer chega perto da tentativa de poder vir a tornar-se num thriller de espionagem minimamente aceitável, utilizando todos os clichés possíveis e imaginários, falhando nas mensagens a passar e nas emoções a transmitir.
Classificação final: 1,5 estrelas em 5.
Data de Estreia: 20.10.2016
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