domingo, 19 de outubro de 2014

Crítica: Frank 2014


Data de Estreia: 16-10-2014

Assim que Frank começa temos de imediato a sensação de que estamos prestes a assistir a algo um pouco diferente. E diferente é exactamente a palavra que melhor define este filme, irrevogavelmente pelo facto do personagem principal usar uma cabeça de papelão gigante.

Jon, muito bem interpretado por Domhnall Gleeson, é um aspirante a músico que anda em busca de inspiração para criar novas letras, mas cada vez que tenta por as suas ideais em acção nada parece funcionar. Em maré de sorte (pensava ele) inesperadamente é convidado a fazer parte de uma banda, que precisa urgentemente de um teclista visto que o da banda teve um ataque psicotico grave. É então que Jon começa a fazer parte dos bizarros "Soronprfbs", uma banda onde todos os membros são mais do que peculiares. Mesmo com a dificuldade que Jon tem em se conectar com os membros da banda inicialmente, ele tem grandes planos para o futuro e acredita seriamente que em conjunto se podem tornar numa grande e famosa banda.

Michael Fassbender é um actor fantástico e aqui, como Frank (irreconhecível), mais uma vez ele prova que até quando usa uma cabeça de papelão gigante durante todo o filme ele consegue ser absolutamente incrível. A sua expressão corporal, forma de estar e falar conseguem passar a total loucura de um homem que aparentemente achamos engraçado e que com o tempo vamos nos apercebendo que sofre de uma doença mental grave, apaziguada e controlada pelo amor que tem pela música. Maggy Gyllenhall, muito dura e carrancuda tem uma interpretação que também merece bastante destaque.

Com muita ironia à mistura, Frank acaba por ser um retrato sincero daquilo que é a doença mental e a insegurança daqueles que não se sentem bem na sua própria pele. O personagem Frank foge aquilo que verdadeiramente é e a unica maneira de se sentir bem na sua pele é usando a cabeça de papelão. O filme acaba também por explorar o que cada um considera como forma de arte, e a ideia de que ser famoso trás felicidade, ideia que a maior parte das vezes está totalmente errada.

Um filme divertido e diferente, mas que poderá não agradar a todos derivado a alguns momentos um pouco loucos e que deixam algumas questões no ar.







Classificação final: 3,5 estrelas em 5.

2 comentários:

  1. Tenho este filme em lista de espera há já algum tempo. Acho que hoje é dia! Ou melhor, noite! A minha principal curiosidade é mesmo a interpretação de Michael Fassbender...

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    1. E então foste ver? Gostaste? :)

      É um filme com alguns significados escondidos no meio de cenas que podem ser um pouco estranhas, mas é isso que o torna diferente. A interpretação do Michael Fassbender é sem dúvida muito boa!

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