quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Crítica: The Hunger Games - A Revolta Parte 1 (The Hunger Games - Mockingjay Part 1) 2014


Data de Estreia: 20-11-2014

O Universo The Hunger Games continua assim este ano com o penúltimo filme da franquia The Hunger Games - A Revolta Parte 1. O ano passado o segundo filme foi uma autêntica surpresa, superando em muito o primeiro, mas todos sabemos como costuma ser o tipo de progressão destes filmes em que as expectativas por vezes vão se tornando mais fracas. O que é interessante é que contrariando isso, The Hunger Games vai continuando a surpreender e aqui nesta primeira parte d'A Revolta observamos um filme bastante sólido que quase foge ao género no qual se insere, conseguindo ser mais do que apenas um mero filme para adolescentes. Mais pesado e com uma atmosfera mais escura e por vezes hóstil, durante toda a história consegue ser empolgante e convincente, suportado por performances muito boas. 

Depois de Katniss ter posto termo aos jogos, ela encontra-se no Distrito 13 depois do seu Distrito (12) ter sido destruido. Ela é agora o simbolo maximo da Revolução que irá tentar por fim à ditadura do Capitólio. Ao mesmo tempo ela também irá tentar salvar Peeta, Johanna e Annie que foram capturados pelo Presidente Snow assim que os jogos terminaram.

Jennifer Lawrence é a alma destes filmes. Talvez sem uma performance como a dela, Katniss Everdeen não fosse aquilo que é. Lawrence consegue nos fazer acreditar de que aquele mundo existe, deitando de dentro de si todas as emoções mais profundas que possamos imaginar. Ela é uma daquelas actrizes que nem sequer precisa de abrir a boca para percebermos o que esta a sentir naquele momento e isso é fantástico. O saudoso Philip Seymour Hoffman, ao contrário da performance mais rigida que desempenhou em The Hunger Games - Em Chamas, encontra-se aqui muito mais descontraido, num papel mais relaxado. Elizabeth Banks precisa de mais papeis deste género, pois é super divertida interpretando Effie. Julianne Moore é sempre uma grandiosa escolha para adição de elenco e desta vez, também vemos em Josh Hutcherson uma performance muito mais profunda.

O desenvolvimentos dos personagens vem crescendo desde o primeiro filme, e é bom ir testemunhando as mudanças pelas quais passaram. Muito mais violento visualmente e psicologicamente mexe mais com a audiência, demonstrando a dor e frustração dos personagens ao longo da história. Também são de realçar todos os cenários, vestuário e banda sonora.

Tal como nos filmes anteriores, este continua a lidar com temas importantes como a liberdade, o controlo sobre um povo que vive em didatura, a esperança e a morte. Lidando de forma natural e sincera com todos estes temas, aceitando a tragédia nunca a transformando numa coisa bonita, mas sim em algo cru e possivel.

The Hunger Games - A Revolta Parte 1 é mais um blockbuster (como muitos que surpreenderam este ano) que conseguiu mostrar profundidade e inteligência no meio de todo o entretenimento. Irá certamente agradar a todas as idades. 

The Hunger Games - A Revolta Parte 2 irá por fim a este Universo para o ano, tendo estreia marcada exactamente para a mesma data, dia 20 de Novembro de 2015.  











Classificação final: 4 estrelas em 5.

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