quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Crítica: Interstellar (2014)


Data de Estreia: 06-11-2014

Christopher Nolan explora o tempo e literalmente o Espaço neste seu novo e visionário filme de ficção cientifica, um dos melhores do género dos ultimos anos. Interstellar é uma viagem não só pelo Espaço mas também pelas emoções do ser humano, acabando por ser a cima de tudo um filme que toca nos sentimentos e aborda o amor como a maior força no Planeta Terra.

Em muitos dos seus trabalhos anteriores, Christopher Nolan gosta sempre de abordar temas éticos e morais, com diferentes pontos de vista que podem ser interpretados por cada um dos espectadores de forma diferente, Interstellar não é diferente disso. Usando paradoxos e cenas que podem parecer um pouco complexas, onde há sempre algo mais a dizer escondido por detrás de pequenos detalhes. As semelhanças com outros filmes do género, principalmente com o que Stanley Kubrick fez com 2001: Odisseia no Espaço, Nolan nunca deixa de marcar a sua indentidade própria utilizando o seu estilo habitual de trabalho, uma narrativa não linear e ambivalência no que toca aos sentimentos dos seus personagens.

Num futuro próximo, algures numa America devastada por tempestades de areias, onde os recursos e alimentos cada vez são mais escassos, Cooper (Matthew McConaughey) um agricultor viúvo que vive com o seu filho Tom de 15 anos (Timotheé Chalamet e posteriormente Casey Affleck), a sua filha Murph de 10 anos (Mackenzie Foy e posteriormente Jessica Chastain), e o seu sogro (John Lithgow) sabem que o futuro não promete nada de bom, pois o Planeta Terra está a entrar em colapso e em breve tudo irá acabar. Seguindo uma pista estranha de algo que acontece no quarto de Murph, Cooper e a filha descobrem uma estação secreta da NASA, que supostamente todos pensam que já não existe. Cooper que em tempos já tinha trabalhado para eles como engenheiro aeroespacial, reencontra lá o Professor Brand (Michael Caine) que o tenta convencer a partir numa missão na busca de um novo planeta, que tenha todas as condições necessárias para a vida humana, visto que dentro de alguns anos vai ser impossivel habitar na Terra. Cooper tem então de lidar com o dilema de ficar na Terra com a sua familia ou, em conjunto com a filha do Professor, Dr.ª Brand (Anne Hathaway) e mais dois membros de tripulação, partir para o desconhecido e salvar não só a sua familia mas todo os seres do Planeta.

Visualmente é um filme fantástico! Tive a oportunidade de ver em IMAX e penso que este é mesmo daqueles que vale a pena ser experienciado dessa maneira, pois é realmente digno disso. Todos os cenários estão incrívelmente bem executados, sendo surpreendente como tudo parace tão real. Com um elenco de grande peso era impossivel não ter boas interpretações. Matthew McConaughey em especial, brilha mais uma vez, num papel extremamente emotivo que será capaz de nos fazer derramar algumas lágrimas. O único aspecto que pode não abonar a favor do filme será o uso de demasiada linguagem cientifica que pode não ser compreendida e confusa para a audiência. 

Um filme sobre a busca do desconhecido, que eleva ao máximo as emoções e onde o amor afinal acaba por ser o mais importante da existência Humana. Penso que será certo dizer que Interstellar é o 2001: Odisseia no Espaço desta geração e esta afirmação diz muito sobre este filme. Ele pode não ser um filme perfeito, mas é sem dúvida uma obra cinematográfica de grande calibre.









Classificação final: 4,5 estrelas em 5.

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