quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Crítica: Aloha . 2015


Aloha é a mais recente comédia romântica/drama do realizador e argumentista Cameron Crowe - responsável por filmes famosos como Jerry Maguire ou Almost Famous, pelo qual ganhou o Oscar de Melhor Argumento Original em 2001 - onde um elenco forte é totalmente desperdiçado num dos piores filmes da carreira do realizador.

Brian Gilcrest (Bradley Cooper), um militar destacado para o Havai para trabalhar com o seu antigo patrão, o agora milionário Carson Welch (Bill Murray, mas não se iludam porque o seu papel pouco destaque tem), envolvido num projecto de lançamento de um satélite. Brian reencontra a antiga namorada Tracy (Rachel McAdams) e conhece a Capitão Allison Ng (Emma Stone), destacada pela Força Aérea para o acompanhar em tudo o que precisar durante a sua estadia. Rapidamente percebemos que estaremos perante um triângulo amoroso, que será o destaque de uma história onde elementos pairam sobre o ar e nunca chegar a sem substanciais e concretos seja em que circunstância for.

O argumento é uma autêntica trapalhada, chega a ser tão estranho e confuso, que tudo acontece não tem impacto nenhum, pois não existe a mínima preocupação no esclarecimento dos acontecimentos. Foram inúmeras as vezes em que pensei "como é que é possível?" ao deparar-me com a falta de meios que os actores tiveram para poder colocar algum sentido nas atitudes dos personagens. O diálogo é mesmo muito fraco e a maior parte das vezes, do mais cliché que possa existir. Apesar do forte elenco, é difícil estabelecer algum tipo de conexão com os personagens e é triste que durante 1 hora e aproximadamente 40 minutos apenas uma cena (já quase no final) consiga realmente provocar algum tipo de emoção, e esta nem é proporcionada por nenhum membro do elenco principal, mas sim, pela jovem e desconhecida actriz que interpreta a filha de Rachel McAdams.

Nem os nomes sonantes do elenco foram o suficiente para safar o filme, que infelizmente não passa de medíocre. Acredito que não tenha sido a intenção, mas fica a sensação que é um filme sem alma, sem importância, previsível.

Classificação final: 1,5 estrelas em 5.

Sem comentários:

Enviar um comentário