quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Crítica: O Agente da U.N.C.L.E (The Man From U.N.C.L.E) . 2015


Guy Ritchie está de volta e em grande estilo com O Agente da U.N.C.L.E - baseado na série televisiva americana de 1964, com o mesmo nome - seguindo as aventuras de um grupo de agentes secretos cheios de estilo, uma atmosfera cheia de glamour, repleta de acção, muito humor e bastante diversão. 

A Guerra Fria é sempre um bom ponto de partida para um filme de espionagem e este não foge à regra, trazendo à memória o charme dos velhinhos filmes dentro do género. Dois agentes secretos, um americano da CIA (Henry Cavill) e outro soviético do KGB (Armie Hammer), vêem-se obrigados a trabalhar juntos, com a missão de travar uma organização de crime privada que se prepara para lançar uma bomba nuclear. Para chegar até lá, usam Gaby (Alicia Vikander), uma mecânica alemã cujo pai, cientista, é o principal envolvido na construção da bomba. Apesar de estar fortemente ligado à série de tv, utilizar exactamente as mesmas personagens, e certamente acabar por lhe prestar homenagem, o filme resulta perfeitamente para quem nunca a tenha visto, dando-lhe uma dimensão mais presente, dentro do estilo retro que mantém.



Tal como já havia feito em Sherlock Holmes, Guy Ritchie mistura elegância com cenas de acção executadas da melhor forma possível, onde a comédia tem um enorme destaque e a banda sonora é algo delicioso. Por mais superficial e pouco inovadora que possa ser a história - já vimos algo do género imensas vezes antes, algo que nos remete para o estilo da franquia James Bond ou outros clássicos dos anos 60 - o trio de actores principais têm uma química incrível e em grande parte a sua dinâmica contribui para o elevado encanto do filme. No elenco secundário vamos encontrar Hugh Grant, num papel de pouco destaque, ele que supostamente seria um dos maiores galãs do cinema da sua geração, mas que aqui - para meu espanto - aparece bastante envelhecido.

O Agente da U.N.C.L.E é sem dúvida um filme muito cool que proporciona entretenimento suficiente para agradar ao público e que tem forte potencial para ser o início de uma sólida franquia, onde personagens poderão ser melhor desenvolvidos e outras histórias exploradas.

Classificação final: 3,5 estrelas em 5.
Data de Estreia: 03-09-2015

6 comentários:

  1. Piadas forçadas, história da treta, CGI reles, sinceramente esperava um pouco mais.
    Meh ★★½ [5/10]

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    1. Consegui dar um pouquinho mais, mas vá lá... Muita gente acha que sou injusta ao dar esta nota e ao dizer que a originalidade aqui é nenhuma. Entretem, o Ritchie sabe muito bem filmar cenas de acção, e a química entre eles é boa, mas quanto a muitas coisas deixa muito a desejar.

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    2. Injusta? De facto o filme não tem nenhuma originalidade e os twists topam-se a minutos antes de ocorrerem.
      Não é um mau filme, mas está muito longe de ser um bom filme do género.
      Eu ia dar um ★★★ [6/10], mas aquele final a puxar para a sequela fez-me cortar mais um valor.

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    3. A bilheiteira ficou muito aquém das expectativas. Dificilmente terá sequela. Mas veremos. O filme é divertido e consigo facilmente arranjar coisas boas para dizer sobre ele, mas não surpreende. Curiosamente há quem o considere o 007 que o 007 não foi... Não odiei o Spectre como muita gente, por isso também é outra das coisas que não faz sentido para mim, mas respeito claro.

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    4. Ainda não vi o Spectre, ando a rever todos os 007's e ainda vou no Octopussy, pelo que ainda vai demorar um tempinho até que o veja.

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    5. Podia faltar mais... Curioso, que falando em Octopussy o Spectre trouxe-me muito à memória os Bond do Roger Moore. Muito mais goofy e descontraído. O que para mim não teve necessariamente de ser um ponto fraco. Mas depois de veres tiras as tuas conclusões ;)

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