sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Crítica: Uma Senhora Herança (My Old Lady) 2014


Data de Estreia: 01-01-2015

Izrael Horovitz realiza e adaptada ao grande ecrã Uma Senhora Herança, a peça da Broadway escrita e também dirigida por si. Uma charmosa comédia dramática, com um sabor agridoce.

Um Americano vai a França reclamar a herança deixada pelo seu pai. Um magnifico apartamento numa das melhores zonas de Paris. Quando pensava que iria ficar rico, para seu enorme espanto, o apartamento encontra-se agregado a um complicado contracto imobiliário usado em França que dá pelo nome de Viager. Uma das condições principais desse contracto é o facto do ocupante poder viver lá até ao dia da sua morte e o proprietário do mesmo tem de fazer pagamentos mensais na vez do inquilino.

Para quem possa pensar que Uma Senhora Herança não passa de mais uma comédia, o filme é muito mais sombrio do que possa parecer à primeira vista. Por detrás de toques de humor esta é uma história de sofrimento e traição perdida no tempo, que deixou e continua a deixar marcas no presente. À medida que vai avançando deixa cada vez mais o campo da comédia de lado e transforma-se em algo muito mais emocional. Os personagens vão se revelando no decorrer da história e tornam-se mais profundos, mostrando uma faceta diferente daquela que inicialmente vemos.

Kevin Kline, Kristin Scott Thomas e a fantástica veterana Maggie Smith dão performances simples e honestas, de pessoas que poderiam perfeitamente fazer parte do mundo real. Kevin Kline e Maggie Smith são sem dúvida quem mais brilha e a química entre os dois é algo delicioso de se ver. A presença de ambos faz com que o filme tenha, por si só, uma luminosidade especial.

Um filme bastante agradável, mas que poderia ter explorado melhor certos aspectos dos personagens.








Classificação final: 3 estrelas em 5.

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