quarta-feira, 16 de abril de 2014

Crítica: Kill Your Darlings (2013)


"Algumas coisas, uma vez amadas, tornam-se nossas para sempre. E se tentarmos deixa-las ir... Elas retornam a nos. Elas tornam-se parte do que somos... Ou elas nos destroem."

Devido ao nome dos actores associados a este filme e sua história ser baseada em factos reais, fiquei curiosa para o ver. Eu não sabia muito sobre ele, eu só sabia que girava em torno de alguns dos escritores mais famosos da história da literatura americana.

Kill Your Darlings está centrado no início da vida de Allen Ginsberg na Universidade da Colômbia. No filme vemos como ele conheceu que Lucien Carr, William S. Burroughs e Jack Kerouac, e todos juntos estavam prestes a começar o The Beat Generation um grupo de escritores pós-Segunda Guerra Mundial cujos ideais envolviam o discurso livre, o uso de drogas para os ajudar a inspirarem-se intelectualmente, defendiam a libertação espiritual e sexual, entre outras coisas.

Meu principal problema com este filme foi a sua inconsistência. Como não sabia muito sobre a "Geração Beat" achei que o filme não foi capaz de me manter interessado o tempo todo não esclarecendo questões que considero importantes e às vezes encontrava-me a divagar sobre outras coisas. O filme consegue ser bem sucedido em grande parte devido às performances mais do que à estrutura da própria história. A história começa a ficar mais interessante na segunda metade, onde a tensão em torno dos acontecimentos vai aumentando e uma história sobre jovens que querem mudar o mundo torna-se num thriller que nos vai levar até algo trágico.
Alguns dos personagens, especialmente os papéis secundários precisavam de mais desenvolvimento do personagem.



Daniel Radcliffe prova mais uma vez que ele é capaz de fazer coisas diferentes, ele já não é simplesmente o "Harry Potter"! O seu desempenho é incrível, muito intenso, mas não apenas o dele. Todo o elenco tem performances absolutamente surpreendentes e envolventes. Dane DeHaan, Jack Huston, Michael C. Hall e Ben Foster.
A química entre Radcliffe e DeHaan é óptima, apesar de sabermos que ambos são homossexuais e essa tensão sexual está sempre presente durante todo o filme, a relação entre os dois é muito bem entregue e nunca muito pesada, sempre misteriosa. Então, se acham que vão ver algo mais chocante, simplesmente não vão. Em vez disso a relação entre os dois é muito complexa e poética.
Jack Huston, Michael C. Hall e Ben Foster não têm o mesmo tempo no ecrã, mas quando estão em cena os holofotes estão sempre virados para eles. Ben Foster foi a minha performance favorita, simplesmente adorei o seu desempenho!



Kill Your Darlings é uma história sobre uma geração que revolucionou uma série de estilos de vida de várias pessoas, mas é também acima de tudo uma história sobre auto-destruição.

Classificação final: 3,5 estrelas em 5.

2 comentários:

  1. esse filme vou ver depois de ver o " The Grand Budapest Hotel"

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    1. Espero que gostes. Não é um mau filme, mas penso que poderia ser melhor. Comparado com o "The Grand Budapest Hotel" é fraco. O "The Grand Budapest Hotel" é fantástico!

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