sábado, 5 de abril de 2014

Crítica: This Must Be The Place (2011)


Em This Must Be The Place seguimos a vida de Cheyenne, um homem de meia idade que já foi uma estrela do rock famosa. Tudo à sua volta mudou, mas ele está preso no passado. Ele vive em Dublin, numa casa de luxo, ele fez tanto dinheiro que desde sua "reforma" musical, ele nunca precisou de fazer mais nada, ele não precisa se ​​preocupar com trabalho, mas mesmo assim ele está sempre triste e aborrecido. Cheyenne é um homem muito peculiar e ainda se veste de uma forma gótica tal como quando era estrela de rock.
Notícias chegam de Nova York dizendo que o seu pai, que ele não vê há 30 anos, está perto da morte. A idéia de não ser amado por ele o fez ir embora para a Irlanda numa idade muito jovem, e este foi o principal motivo para viajar para lá e se reconciliar com ele, mas quando ele lá chega já era tarde demais.
Após esse evento trágico ele descobre mais coisas sobre seu pai do que quando ele estava vivo. Ele descobriu que seu pai era obcecado por encontrar um criminoso nazista que ele havia conhecido em Auschwitz durante o Holocausto. É então que Cheyenne decide completar a missão de seu pai e começa uma jornada em busca desse homem.

Minha apreciação habitual e parabéns vão mais uma vez vai para a escrita, realização, cinematografia, banda sonora e os habituais personagens surpreendentes de Paolo Sorrentino.




Sean Penn tem uma performance incrível! Ele é super estranho, sua voz é perfeita para a fragilidade que o personagem precisa. Por detrás do seu olhar forte e destemido, quando Penn abre a boca, podemos ver a sua sensibilidade e o seu medo do mundo em que vive. Ele também vai nos fazer rir em alguns momentos. A também grande Frances McDormand é sempre boa de se ver, não importa o papel, pequeno ou grande.

Acima de tudo, esta é uma história à cerca de um homem crescido tentando, finalmente, encontrar-se a si próprio, perdendo todos os seus medos e descobrindo que afinal durante todos aqueles anos, ele ainda era uma criança e, sem conseguir colocar para trás algumas questões da sua vida ele nunca foi capaz de crescer verdadeiramente.




Como em todos os filmes de Paolo Sorrentino, precisamos de prestar atenção a uma série de detalhes, alguns que podem não fazer muito sentido no início, mas conforme vamos chegando ao final do filme, vamos ver que tudo fez sentido o tempo todo.



Classificação final: 4,5 estrelas em 5.

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